Desde o dia em que todos nascemos, e digo absolutamente todos, a nossa história de vida começa a ser escrita em páginas em branco.
Para alguns, essas linhas serão escritas um pouco tortas, enquanto para outros serão linhas certas. Eu, por exemplo, nunca consigo definir a maneira em que a minha própria vida está sendo contada.
Mas não é isso que importa.
A vida pode ser marcada por lágrimas ou então enfeitada por sorrisos, mas o certo é que a vida é alimentada por esperanças e sufocada pela triste realidade, numa guerra de forças opostas. É uma batalha sem fim travada na beira do abismo da eternidade.
Ser um eterno aprendiz?
Pois é a isso que nos prestamos, é isso que buscamos, cada um na sua atividade.
É bem verdade que a vida só vale a pena quando a alma não é pequena, como diz o ditado.
A alma cresce a cada dia em que sobrevivimos e que nos reconhecemos nos passos do nosso caminhar.
Eu sou um aprendiz de sonhador, já que meus sonhos são honestos.
Sou um aprendiz do amor, porque que meus amores são sinceros.
Sou um aprendiz da vida, porque aprendi a sorrir um sorriso melhor e a chorar uma lágrima mais chorada, mais autêntica e mais doída.
Há quem diga que a vida é uma sucessão de dias iguais e repetidos onde quase nada acontece, como uma mentira repetida até virar verdade.
Há quem diga também que a vida é como uma roda que dá muitas voltas.
Tem dia que estamos embaixo e tem dias em que estamos por cima.
O mundo dá muitas voltas e quase sempre nos deparamos com algo que já vimos antes.
A beleza desta vida está em viver com intensidade e de olhos bem abertos para ver o que acontece dentro de nós e a toda nossa volta.
É verdade que a cada dia morremos um pouco e nos aproximamos da morte, mas é verdade também que a cada dia conquistamos um pedaço de felicidade e um novo brilho nos olhos.
É verdade que a cada dia ficamos mais velhos e esquecidos, mas é verdade também que a cada dia renascemos e ficamos mais belos por dentro e melhores e mais sábios.
Somos aprendizes de nós mesmos e a cada dia aprendemos a como nos conduzir melhor pela estrada da vida, somos como um violão que vai ficando cada vez mais afinado, como um vinho que fica mais saboroso com o passar dos anos, como um pianista que toca cada vez melhor seu velho piano, como um perdão que perdoa cada vez mais bem perdoado e como uma canção que mesmo cantada tantas vezes e por várias vozes permanecerá inesquecível.
Para ser um eterno aprendiz da vida é preciso morrer um pouco a cada noite e renascer um pouco a cada manhã, prometer um pouco a si e cumprir muito aos outros, condenar o que se julga errado e perdoar quem merece ser perdoado, esquecer o que não deve ser lembrado e lembrar o que não deve ser esquecido, fazer prisioneiros o afeto, o carinho e o amor-próprio e libertar os sentimentos vazios e as palavras sem sentido.
Talvez seja apenas algo como ficar sozinho para encontrar os pedaços que se perderam, para depois voltar a se perder e se misturar e se multiplicar e se dividir e se subtrair e se somar...
Estou rindo aqui...
Como o homem complica tanto para dizer um sincero “Feliz Ano Novo para todos, não é mesmo?
Bom depois de todo esse enrolar que venha 2011!!!
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