Tristeza...
Sinto um pouco de vergonha de estar dizendo isso aqui, mas realmente estou muito deprimida e triste. Já comecei a tomar remédio faz 3 dias mas ainda não fez efeito. Geralmente minhas crises acontecem quando a tarde vai caindo e pioram pela noite. Vou tentar descrever o que realmente sinto, as vezes acho que nem eu sei direito, é um medo, um desespero que vai tomando conta de mim, que eu começo a chorar. Me dá vontade de sumir, vontade até de morrer, de me livrar de toda essa situação. É uma sensação de incapacidade, invade um medo que eu fico imaginando coisas que podem acontecer com o meu filho. Sinto vergonha de sentir tudo isso, incapaz de cuidar do meu filho, na verdade, na verdade é meio que indescritível tudo isso. Impossível de entender. Andei pesquisando muito sobre esse assunto e descobri que isso é mais comum do que imaginava. A tristeza Materna acomete até 80% das mulheres, mas devido ao tabu mencionado pode se imaginar um índice até maior. "É um estado de humor depressivo que costuma acontecer a partir da primeira semana depois do parto. Este humor é coerente com a enorme tarefa de elaboração psíquica (transformação da filha em mãe, a transformação da autoimagem corporal, a administração da relação entre a sexualidade e a maternidade). De forma geral, a mulher sente que perdeu o lugar de filha sem que tenha ainda segurança no papel de mãe; que o corpo está irreconhecível, pois se já não é mais de uma grávida tampouco retomou sua forma original; que entre ela e o marido encontra-se um terceiro elemento.
A sociedade trata certas regras, quando falamos sobre depressão e gestação, como se a mulher necessariamente tivesse que transbordar de alegria diante do nascimento do filho. Isso é o socialmente esperado; mas as vezes , a estrutura emocional feminina reage de forma diferente a cada caso. Isso, não é uma ingratidão pelo milagre de vida que lhe foi concedido, pelo milagre da maternidade. A tarefa de ser mãe, algo que pode inicialmente ser muito desejado, pode despertar sentimentos de incompetência, incapacidade, limitação nos papéis ocupados pela mulher na sociedade, na família, no casamento.
Tô pedindo muito a Deus que me ajude. Não é fácil passar por tudo isso, só quem passa é capaz de compreender. Ao meu amigos que lerem esse post eu peço que orem por mim. E torçam para que eu melhore logo. Quero que todo esse sentimento ruim se afaste de mim. Sei que Deus assim como no começo da gravidez me ajudou, vai mais uma vez vir ao meu encontro. E assim vou poder dar todo o amor e carinho pro meu filho.
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