O contrário do medo / Quando pensei em ser mãe...

Essa semana fiquei me questionando se já tinha pensado em ser mãe. Acho que no fundo toda mulher já deve ter pensado, pensar é diferente de concretizar.
Não vou ser hipócrita dizendo que nunca havia pensado.
Quando era mais jovem #olha a velha falando, rsrsrs#, sempre desejei te rum filho homem só pra colocar o nome de Gabriel. Naquela época pensava que ter filho era só ter... (hã? entenderam? Nem eu.)


Quando me casei, veio o seguinte questionamento, "quando vai ser a hora certa pra poder ter filho". Eu dizia que queria lá pelos 30, ou 31, 32 , 33, sabe aquela pessoa que podia ir adiando, adiando... Na verdade eu tinha medo, achava que não tava preparada. Pra falar a verdade acho que nunca estaria preparada. Mas aconteceu... 
De repente me vi grávida. E agora? Eu surtei tanto quando descobri que só chorava. Desespero, um medo grande, eu perguntava como seria minha vida dali pra frente.
Vocês devem ter pensado assim "na hora de fazer..." (Abafaaaaaa, se meu marido ler isso, ai coitadinha de mim#).
A questão é que eu demorei pra encarar a realidade, entrei numa depressão profunda, uma tristeza muito grande, não aceitei logo de cara.
Passando o tempo eu tive que aceitar, e comecei a gostar, o Gabriel mesmo tão pequeno foi me conquistando... #onde eu quero chegar#
Esses dias tava tentando fazer o Gabriel gostar do Cocoricó (não aguento mais galinha pintadinha), e tinha uma música muito legal que se chamava "O contrario do medo". Tem um trecho que diz assim:

O medo, hum...
E o Antônimo parou: "qual o contrário do medo?"
Como se diz quando a gente sente que tem que se mexer,

Respirar bem fundo e enfrentar o perigo
Enfrentar o perigo

Coragem, coragem
O contrário do medo.

Coragem, coragem
A força que eu carrego comigo.

A questão é que  desde que o Gabriel nasceu, teve momentos que achei que não iria aguentar, mas por ele eu tive que enfrentar o medo, e muitas outras incertezas que surgem com o passar do tempo. Como diz na música, Respirar bem fundo e enfrentar. Tive que ter coragem. Quando se tem um filho não existe mais o Eu, não dá mais só pra pensar na gente, tudo são eles, tudo pra eles.

Nesse final de semana que se passou (no alto do estresse), todos me diziam, você é mãe, tem que ter paciencia, você tem que aguentar e blá blá, eu comecei a me questionar, tudo bem sou mãe, mas deixei de ser filha? Esposa? Tenho que ser perfeita sempre? Não posso errar? Não posso me sentir fraca, precisando de um cafuné? não posso ficar brava, nervosa? e até de saco cheio? Eu tenho que ser um fantoche que sempre está de bom humor? Afinal mãe é se transformar numa máquina que faz tudo, que suporta tudo, que nunca fraqueja, que nunca erra? Então mãe não é humana? Meu Deus, aonde quero chegar?

A questão é: Somos mãe, é lindo, é maravilhoso, nunca queremos deixar de ser, mas também somos humanas, imperfeitas, e podemos nos cansar, podemos nos sentir exaustas e querer um tempo...

 #Não sei se vocês me entendem#

DESABAFO

Bom novidades, Gabriel voltando a ser Gabriel. Brincando, sorrindo e.. dormindo. Essa noite ele dormiu bem e depois de seis meses acordamos tarde. Ontem até consegui deixar ele dormindo sozinho no berço, como tudo era antes, parece que tudo está se normalizando novamente. E como toda boba mãe, não pude deixar de registrar. 

OBS: Post confuso, conflitos de idéias, não tentem entender... Nem eu entendo!!!

Bjus a todas...